Particípio regular x irregular
Erro de concordância?
- Hoje é 6 de junho
Sim, o verbo "ser" pode concordar com o sujeito, não há problema algum. E também pode concordar com o objeto. No caso citado, pode-se dizer tanto que "Hoje é 6" quanto "Hoje são 6". Particularmente, acho a primeira forma mais bonita. <Fonte> <Veja mais>
O passado nem sempre indica passado
- Eu queria te fazer uma pergunta...
"'Queria' ou 'quer'"? Quantos já ouviram isso? Desnessessário. É claro que quer! O tempo verbal passado nem sempre indica passado. Neste caso, apenas suavisa o pedido, deixando-o num tom mais delicado, e permanece com a ideia de presente. Então, gostaria de te pedir: nunca mais pergunte se seu interlocutor falou no passado ou no presente quando ele expressar um pedido ou desejo, e saiba interpretar fora do pé-da-letra. Aliás, gostaria de ressaltar que o uso do tempo passado tem várias funções que não indicar de fato algo que já passou, e é bem interessante prestar atenção nelas. Outro exemplo é: "Que dia é a festa?" Neste caso, o verbo no presente "é" tem o sentido de futuro, "Que dia será a festa". Mais um que usamos sem perceber!
Imperativo
- Continua!
Nunca vi ninguém implicar com isso, mas já foi uma dúvida para mim: o imperativo pode ser tanto "continua" quanto "continue". O primeiro é usado com o pronome "tu", e o segundo, com "você". Só para treinarmos: "continua tu", "continue você", "continuemos nós", "continuais vós", "continuem vocês". Também muito usados com sujeito oculto. Vale a pena também dar uma olhada nos imperativos dos verbos irregulares. Ah, e claro, não há imperativo para a primeira pessoa. Não que ninguém dê ordem/pedido/conselho a si mesmo, mas é que, quando o fazem, usam a segunda pessoa.
Singular
- Eu já coloquei um clipe nessas folhas.
Algumas pessoas acreditam que "clipe" não tem sigular, e acabam pedindo "um clipes". É errado, porque existe sim o singular "clipe'.
Na matemática...
- X é maior ou igual a Y
Certos autores escrevem "maior do que ou igual a", o que não é necessário. Nesse caso, basta usar as preposições requeridas pelo último advérbio/adjetivo. É o mesmo que ocorre na frase "Eu faço tarefa antes e após a aula". Não falamos "Faço tarefa antes de e após a aula".
Que dia mesmo?
- Eu falei com ele antes de ontem.
Essa eu fiquei muito tempo pensando que fosse errado, até ver em renomados livros. É certo sim dizer "antes de ontem", apesar de ser bem mais confortável pronunciar "anteontem".
Por quê?
- Queria saber por que ele não apareceu.
Neste caso, usa-se sim o "por que" separado. Apesar de não haver ponto de interrogação, é uma pergunta indireta. Ou seja, embora não haja a entonação, dá pra perceber que existe uma dúvida. <Fonte>
Sílaba tônica
- A emissora bateu récorde de audiência ontem à tarde!
Eu já estava até me policiando para falar "recorde" com a entonação certa, sílaba tônica no "cor", até descobrir que "récorde" é uma forma aceitável. Agora, falo as duas, dependendo da frase.
Mais palavras de dupla pronúncia? Aqui: acróbata ou acrobata, crisântemo ou crisantemo, hieróglifo ou hieroglifo, Oceânia ou Oceania, ortoépia ou ortoepia, projétil ou projetil, autópsia ou autopsia, biópsia ou biopsia, necrópsia ou necropsia…<Fonte>
Hãn?
- O que você fez?
Percebeu o erro na frase? Provavelmente não. Acontece que considera-se errado começar uma pergunta com "o que". O certo seria "Que você fez?". Mas não vamos exagerar. "O que" neste caso é absolutamente aceitável!
Dando explicação
- Vem cá, que ele quer te ver!
Quantos de nós já evitamos esta forma numa redação só pra escrever o bonito "porque"? Acontece que o simples "que" também pode ser usado para explicar uma causa.
Separado também!
- Não me deu nem um real!
Na frase acima, "nem um" dá a ideia de "nem sequer uma unidade", "ao menos um". Por isso, é separado. "Nenhum" é mais usado para apresentar ideias não-contáveis: "Não restou nenhuma mágoa". E também para expressar coisas mais gerais: "Nenhum computador apresentou problema". Ao dizer "Nem um computador apresentou problema", porém, enfatiza-se a ideia de que cada um dos computadores está funcionando perfeitamente. <Ver mais>
Erudito ou não?
- Era uma família pobríssima.
Já levou um susto quando ouviu isso em um noticiário? Pois a palavra "pobríssima" também existe e pode ser usada no lugar de "paupérrima". Esta última é a forma erudita, e a outra é a forma regular do superlativo de "pobre".
Comparando medidas
- O edificio é mais grande do que largo.
Não é "maior"? Não. Apesar de soar estranho, neste caso em específico, estamos comparando o tamanho do edifício (subentende-se altura) com a largura dele mesmo. Então, ele é mesmo mais grande do que largo.
Grafia
- Que estória é essa?
Ambas as formas "estória" e "história" são consideradas corretas, embora a primeira tenha caído em desuso. Muitos até as consideram sinônimas, mas a preferência é por usar com H para se referir à ciência que estuda o passado e com E para fatos isolados, contos e lendas.
Retirado de http://raphaelrs55.blogspot.com/2011/02/falsos-erros-de-portugues.html.